Irrigação
O gramado, seja ele esportivo, paisagístico ou mesmo aquele que tem função de estabilizar um talude ou fazer a cobertura vegetal de parques industriais e estrutura viárias precisa de água para se desenvolver e cumprir sua função. Normalmente, a chuva é suficiente para abastecer os gramados da água que necessitam.
As principais espécies de gramas utilizadas no Brasil, como a Grama Esmeralda (Zoysia japonica), têm a capacidade de aguentar períodos de seca. A grama entra em um período de dormência vegetativa. Ela seca, mas não morre. Assim que receber água, volta a rebrotar. No entanto, em algumas situações, épocas do ano ou em gramados de alto desempenho (como campos esportivos), a irrigação é necessária para complementar a disponibilidade de água no solo oriunda das chuvas.
Porém, com a restrição do uso de água para irrigação, as práticas de cuidados com o gramado devem mudar. Nesses casos, é fundamental observar alguns aspectos ou ter um projeto de irrigação feito por um profissional para evitar desperdícios de água e para que a grama cresça.
Dicas para irrigação de gramados recém plantados
O melhor momento para formar um novo gramado é na época das chuvas, pois os tapetes ou rolos de grama precisam de água em abundância para sobreviver na nova área e criar novas raízes. Porém, existe um risco maior dos tapetes serem levados pela água da chuva. É importante fixá-los ao solo, principalmente em áreas mais íngremes.
Na ausência de chuva, o gramado recém plantado deve ser irrigado diariamente na primeira semana. A água deve ser suficiente para atingir o solo abaixo dos tapetes.
A partir da segunda semana, irrigar em dias alternados até que a planta comece a emitir novas folhas e raízes. Após esse período, fatores como clima, regime de chuvas, tipo de solo, uso do gramado e disponibilidade de água determinarão a frequência da rega.
Gramado recém plantado necessita sempre de mais água que gramados já estabelecidos!
Regras básicas
1. Aplicar apenas a quantidade de água necessária para reabastecer a zona da raiz evitando a percolação (perda de água por lixiviação profunda).
2. Evitar escoamento superficial: A primeira causa do escoamento superficial e poças de água é irrigação superior à capacidade de infiltração de água do solo. Essa capacidade de infiltração varia conforme o tipo do solo.
3. Evitar perda por evaporação e transpiração: A irrigação deve ser feita ao amanhecer, evitando condições de muito calor, que favorecem perda de água por evaporação e transpiração.
4. Controle de algumas condições que reduzem as taxas de infiltração da água no solo, como a compactação.
5. Estimular o desenvolvimento das raízes: Planeje a irrigação para permitir que um estresse hídrico leve ocorra entre as irrigações. Com isso, é possível estimular o enraizamento mais profundo e melhorar sua resistência a seca. Com a disponibilidade de água reduzida na parte superior do solo, o gramado irá criar raízes mais profundas para procurar água.
6. Podar periodicamente: Quanto menor a área foliar, menor a necessidade de água. O excesso de área foliar aumenta o consumo de água e consequentemente perdas por transpiração. Realizar as podas na altura recomendada estimula o desenvolvimento das raízes e evita o acúmulo de folhas.
7. Adubação: A adubação nitrogenada deve ser feita com cuidado, pois estimula o desenvolvimento da parte área das plantas. Já a adubação com fontes de fósforo estimula o desenvolvimento das raízes, tornando as plantas mais resistentes ao estresse hídrico.
8. Escolha da espécie adequada: Algumas espécies possuem características que as fazem ter maior resistência à seca, demandando menos água e/ou aguentando longos períodos sem irrigação.
Fonte: Grama Legal
